quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O que é preconceito?
Quando falamos na palavra preconceito, conseguimos reunir diversos temas polêmicos, nessa única palavra. O próprio nome já diz: um julgamento feito antes mesmo que se analisem as pessoas como elas realmente são e merecem, preconceito é uma idéia preconcebida; uma suspeita, intolerância ou aversão. Existe não só o preconceito racial, que por sinal ainda é, um tema que nos dias de hoje existe, mas também o preconceito entre classes sociais, contra idosos e etc.

Definição de Preconceito Cultural

Preconceito cultural é uma conduta que vem se disseminando entre as mais diversas camadas sociais. Consiste na discriminação de uma pessoa pela sua origem ou mesmo por associações pejorativas e, na aceitação, por parte de outros, de uma visão deturpada de determinada cultura.
Por constituir-se num grave problema, o preconceito cultural vem sendo abordado como crime. Nesse sentido, tem-se como exemplo o deputado Maurício Rabelo, que objetiva combater esse tipo de preconceito: “Para erradicar o preconceito cultural existente no país, o parlamentar propôs uma mudança no Código Penal, incluindo como passível de punição qualquer discriminação envolvendo a cultura ou os valores culturais.”
Preconceito Cultural no Brasil
Não é preciso ir tão longe para encontrar quadros de preconceito cultural. Apesar de nós, brasileiros, sermos considerados uma nação pobre, sem identidade, comportamento duvidoso, é possível encontrar pessoas que têm conceitos errados em relação aos seus semelhantes aqui mesmo, no Brasil.
Temos como exemplo a errônea idéia que se faz de um gaúcho, a associação que se faz da preguiça com o baiano, ou da “burrice” com o goiano, também temos a visão primitiva e subdesenvolvida que se tem da região norte, dentre outros.
É fato que o povo Brasileiro não tem uma boa representação no exterior. Normalmente, quando se ouve falar em Brasil, está relacionado a mulatas, samba, Rio de Janeiro (“pontos positivos”), ou a violência, assalto, esperteza, ignorância, subdesenvolvimento (“pontos negativos”). Tais características fazem dos brasileiros alvos do preconceito cultural.
Infelizmente, deparamo-nos com um povo que não se conhece e que, portanto, não tem como passar uma imagem positiva a outros países, nem reclamar o reconhecimento de suas qualidades.
“Limpeza étnica” na Iugoslávia: um caso de preconceito cultural
Na antiga Iugoslávia, algo chama muito a atenção, lá está localizado o Centro de Descontaminação Cultural (CDC), fundado em Belgrado, no ano de 1994. Este Centro tem como objetivo combater os efeitos nocivos do governo do ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic. A instituição desenvolve um forte trabalho contra a xenofobia, a intolerância, o ódio entre as nações.
Então surge uma dúvida: Qual o motivo da criação de um centro de descontaminação? Para quem não sabe, a Iugoslávia era, até a fragmentação de sua extensão territorial, um verdadeiro caldeirão étnico, abrigando nações que se odiavam. Sabe-se que a principal razão para os conflitos era a questão territorial, entretanto, os ataques a Kosovo e a Bósnia, pretextando uma “limpeza étnica”, demonstrando uma postura de preconceito cultural, como relata uma das fundadoras do CDC, Borka Pavcevic: “A guerra era também uma conseqüência da contaminação feita pelas palavras, pela propaganda, por entrevistas, fotografias, preconceitos, mitos, pela falsa interpretação ou re-interpretação da história, por emoções étnicas e religiosas com objetivos políticos a fim de destruir e separar as pessoas de acordo com a etnia. As razões residem no preconceito cultural e no discurso sobre cultura ‘limpa’ no período de formação dos novos Estados e da devastação da ex-Iugoslávia

Preconceito com a s doenças


Aqui estamos falando da aids como exemplos amis a muito mais doenças que as pessoas tem preconceito no mundo.


Hoje com todas as inovações da medicina, e com toda a informação disponibilizada pela mídia, as pessoas tem muito medo do portador do Hiv. Agem como se a doença fosse transmitida através do toque, do simples ato de cunmprimentar, abraçar. Precisamos ter a consciência de que a AIDS só se pega através do contato sexual, e não através do abraço e carinho.A concepção de que as pessoas que são portadoras da doença, estão fadadas a esperar pela morte, é uma inverdade, pois atualmente os medicamentos antiretrovirais prolongam a vida do paciente e lhe dão qualidade de vida. A doença apesar de não ter cura, é tratável e se o portador se cuidar e tomar a medicação de forma correta viverá muitos anos. A novela de Manoel Carlos- Páginas da vida, demonstrou que embora ainda não exista cura para o HIV, tomando a medicação de forma correta e tendo uma vida saudável, eles tem a sua sobrevida prolongada, e portanto tem direito de serem respeitados pela sociedade pois são pessoas capazes de levarem a sua vida de forma normal como qualquer outro cidadão que não seja portador da doença. O Brasil apesar de todas as adversidades que possui, é um país modelo quanto ao fornecimento de medicação para a doença. Precisamos ter em mente que ter um pré- conceito sobre alguém por apenas ser portador do HIV é algo que está dentro de nós, o preconceito nós mesmos criamos, e somos nós que precisamos nos livrar dele.

O preconceito esta em todos os lugares nas escolas nas ruas nas empresas, o preconceito financeiro prevale-se muito nos dias de hoje, quando entra um porbre desarumado em um shopp, em uma empresa e etc, as pessoas ja olham logo com preconceito acham que por ser pobre é ladrão, e não é bem assim, muitas vezes so estão atras de oportunidade para melhorar de vida.


O fato de uma pessoa ser de escola pública interfere no seu curriculo as pessoas acham que so nasd escolas particulares tem pessoas capazes de fazer um bom trabalho de ser um bom profissional e não é assim, todos somos capazes é so estuda independentemente de ser em escola publica ou particula. Não é pq estuda em escola publica que é marginal não, tem muito filhinho de rico por ai que faz coisas piores que os marginais!


So pq uma pessoa mora na periferia não quer dizer que é marginal não, na periferia tem muitas pessoas de bem que so quer ter seu emprego e seu pão de cada dia, na sona sul também tem marginal, o crime tem em todos os lugares do mundo.


Então vamos dizer não ao preconceito de pobres, escolas publicas e pessoa que moram em perioferias, somos todos humanos e precisamos de oportunidades.


Na sociedade extremamente consumista em que vivemos, o que exclui é a pobreza. As pessoas são preconceituosas quanto à pobreza.
Para exemplificar o que digo, faça uma introspecção e responda mentalmente esta questão: o que mais agride um preconceituoso? Relacionar-se com uma pessoa culta, honesta, de vida miserável, morador de favela ou ter em seu convívio pessoa sem princípios, inculta, que sobrevive através de expedientes ilícitos, mas que pode trazer-lhe uma vida aparentemente repleta de confortos materiais?
O preconceito em relação aos pobres é maior que todos os outros e também o mais perigoso e danoso para a sociedade. Pois quem vê bolso não vê formação, esquece da moral, desconhece o que seja ética e jamais saberá a importância da justiça




O preconceito é uma das grandes barreiras que bloqueiam a inclusão social e profissional dos portadores de deficiência física no país. Um grande problema é a falta de qualificação. Porém é possível contornar a situação e viver bem com o problema.
O governo na maioria das vezes não investe na melhoria da vida dos portadores de deficiência física. Poucas coisas são levadas a sério pra essas pessoas portadoras de deficiência, como por exemplo, as Paraolimpíadas ou o Parapan, onde o portador tem a oportunidade de mostrar que é capaz de praticar esportes e que tem os mesmos sonhos e objetivos que muitas pessoas não-portadoras de deficiência. Além me melhorar a saúde das pessoas os esportes trazem alegria e realização pro portador que já sofre de muitos preconceitos. Os preconceitos variam entre falta de consideração para com o portador como, por exemplo, em filas de supermercados e bancos, até ao fato de pessoas se afastarem achando que a deficiência pode ser contagiosa. Isso faz muito mal para as pessoas portadoras de doenças. O esporte com certeza é mais uma barreira ultrapassada contra esse preconceito.
Os portadores de deficiência sofrem ao passar pelos preconceitos do mundo. Os deficientes poderiam ter mais oportunidades com os estudos e com o mercado de trabalho. Aqueles que nem sempre tem o esporte na vida geralmente tem um sonho que não pode ser realizado devido a sua deficiência. O governo deveria investir com escolas especiais para o estudo desses deficientes e também terem a oportunidade de estudar e realizar seus sonhos no mercado profissional. Alguns programas sociais como o Teleton são voltados para ajuda para as pessoas deficientes com hospitais e fisioterapeutas para tentar a curar ou reduzir as doenças.O fato principal é entender que os portadores das doenças também têm sonhos, objetivos e realizações.

O preconceito contra a idade

O preconceito contra idade é muito visto hoje em dia; apesar de ele existir há bastante tempo, milhões de idosos e aposentados vivem o drama de serem tachados como inválidos ou incapacitados de exercerem a maioria dos empregos oferecidos no mercado de trabalho, além de sofrerem outros tipos de preconceitos até mesmo nos lugares onde freqüentam. Outro também muito conhecido é o preconceito contra classe social. Muitas pessoas por se encontrarem em situações pouco favoráveis, não possuindo muitos recursos são tachados como marginais, sendo privados de freqüentarem determinados locais também sofrem preconceitos no mercado de trabalho onde muitas vezes, são consideradas impróprias e até mesmo incapazes para exercerem determinados cargos e, como não podíamos deixar de falar, existe o preconceito racial que, aliás, existe desde o início dos tempos. O racismo não existe só contra negros, existe também contra índios e até mesmo quanto à nacionalidade; os próprios negros que tanto lutam pelos seus direitos são preconceituosos contra outras raças e, muitas vezes, quanto a sua própria raça.Enfim, o preconceito existe e não podemos negar esta triste realidade, o que nos resta é pararmos e refletir mais sobre tudo isso. Estamos no século XXI, com uma tecnologia cada vez mais avançada, um mundo mais moderno e, mesmo assim, insistimos nesse atraso de comportamento e pensamento. Todos nós somos iguais independente de raça, classe e idade, enquanto não dermos conta disso, vamos continuar parados espiritualmente no tempo.A sociedade tem a impressão de que o velho não é capaz de trabalhar. Na verdade, quanto mais velha a pessoa, mais ela tem experiência e condições de ensinar os mais jovens". O envelhecimento, que deveria ser encarado com naturalidade por todos, ainda é tabu na nossa sociedade. No Brasil, onde pouca gente se importa com o destino do povo, menos gente ainda se importa com o povo envelhecido. Se existe um país onde os velhos são tratados com consideração e respeito, esse país não é nosso.

Preconceito contra as mulheres


As mulheres que trabalham fora sofrem as pressões da vida profissional e ainda acumulam as funções de mãe e dona de casa. As que se dedicam apenas ao lar e à família e não conhecem o mundo além dos muros de sua casa - com exceção da igreja e do posto de saúde - adoecem psicologicamente. A constatação é da historiadora e professora de sociologia Valdete Daufemback Niehues, que em abril defende a tese de mestrado em história na Universidade Federal de Santa Catarina.As mudanças, na avaliação da historiadora, precisam começar em casa, mas é preciso coragem. "É um romper penoso e desconfortante", adverte, considerando que, embora a mulher não tenha se arrependido de lutar pela autonomia financeira - mesmo que isso signifique dobrar a jornada de trabalho -, ela ainda está longe de conquistar o poder de decisão. "Em casa, a mulher está sempre à mercê das vontades do marido. A vida não é efetivamente dela. A cultura de dominação ainda é muito forte na nossa sociedade. Os únicos locais que a mulher tem para socialização são a igreja e as filas nos postos de saúde", avalia.Durante os dois anos de pesquisa para o embasamento da dissertação de mestrado, Valdete fez constatações que, segundo ela, são preocupantes. "A mulher que fica em casa adoece mais e, sem ter à disposição um trabalho sério para recuperação da auto-estima, acaba recorrendo à medicina. Das mulheres entrevistadas, apenas 10% nunca fizeram uso de psicotrópicos como calmantes e remédios para depressão", anuncia a historiadora. A falta de espaços de lazer apropriados para a família e o medo da violência também fazem com que as mulheres permaneçam "trancadas" em casa. "A sociedade é machista, individualista e as mulheres estão infelizes. O problema é que elas são as mantenedoras do machismo, elas educam os filhos dessa maneira. As meninas devem ser obedientes, devem estar prontas para receber elogios. Dos meninos todos esperam travessuras. O que vamos esperar de uma sociedade com esse tipo de educação?", questiona.
Sensualidade Sambista com os pés no chão: Viviane Araújo ganha destaque no Carnaval e faz planos para a TV.
A única saída para romper o círculo vicioso é mudar a rotina da casa, é dividir tarefas de modo igual entre os filhos. "É preciso também que elas conheçam outros tipos de relacionamento social, outras culturas. Só assim entenderão que nosso sistema não é único e pode ser modificado", diz Valdete. Para discutir questões como essa, o Centro de Direitos Humanos de Joinville vem promovendo fóruns de debate, mas, segundo a historiadora, é difícil montar grupos para discussões sobre o papel da mulher na sociedade."Elas só aparecem nos encontros se tiver culto ecumênico. É como se apenas rezar fosse a solução. Além disso, falar das problemáticas sociais resulta em mudanças de comportamento e geram desconforto. Temendo tudo isso, as mulheres ainda preferem ficar em casa", revela Valdete.




Fragilidade e submissão são imagens que sempre foram associadas à mulher, e foi a partir desse ‘pensamento’ que se fundamentou o preconceito contra a mulher. Ainda hoje, as mulheres são vistas como indivíduos inferiores, e a causa dessa discriminação é conseqüência de um passado opressor e depreciador. Cerca de 60% do trabalho no Brasil é executado por mulheres, mas isso não significa que tenham acabado as desigualdades de gênero; muito ainda necessita ser feito para a elevação da condição da mulher em nosso país. Dados mostram que as mulheres são mais exploradas que os homens, e que economicamente ainda são uma mão-de-obra barata.Em relação à violência, muitos homens veem a mulher como objeto de uso particular. Segundo dados da pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, o marido é o maior agressor, depois dele aparecem na lista o ex-marido, ex- companheiro e ex-namorado. Dentre os maus tratos sofridos pelas mulheres destacam-se espancamento, descontrole violento ou ameaça, assedio sexual e ofensas a conduta moral da mulher. No entanto a maioria dos casos não é investigada nem punida. Isso prova que o preconceito contra a mulher no Brasil é um problema cultural que envolve desprezo e desvalorização da mulher como pessoa.Apesar disso, a mulher aos poucos vem construindo e desconstruindo conceitos e pré-conceitos que o mundo machista impôs, numa “incansável batalha pela sua libertação da opressão sexual, moral e material que tem produzido efeitos formidáveis e conquistas irreversíveis”.